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terça-feira, 1 de março de 2011

O tubo de creme dental é um desses produtos considerados problemáticos para o meio ambiente. Ele é composto de 75% de plástico e 25% de alumínio e demora de 100 a 500 anos para se decompor na natureza. Depois de usado, praticamente não encontra interessados em reciclá-lo e, de um modo geral, acaba entulhando ainda mais os lixões das cidades, e no nosso caso, o do Aurá.

Mas agora, ao invés de ir para o lixo, já há várias opções de destinação ambientalmente correta para o tubo: ele pode ser transformado em placas usadas na construção civil, projetos de arquitetura e até para construir uma simples lixeira. Aderindo a esta iniciativa ecológica, o Ministério Público Estadual (MPE) – Pará solicitou para a ONG NOOLHAR a construção de 40 lixeiras feitas de tubo de pasta dental que foram espalhadas esta semana por todo o órgão para a coleta seletiva e educação ambiental de seus servidores.

Elas estão localizadas em cinco pontos nos prédios do MPE: entrada e saída do Edifício-sede, entrada do prédio Anexo I, prédio da Promotoria Criminal e próximo ao jardim do Edifício-sede. Após a coleta seletiva, os papeis, vidros, metais e plástico serão encaminhados para a NOOLHAR, de acordo com o Decreto nº 5.940, de 25 de outubro de 2006, para que assim, acrescente à renda familiar dos catadores.

O MPE fez um Plano de Trabalho para atingir as metas da Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P), um projeto do Ministério do Meio Ambiente que foi implantado no órgão em junho do ano passado. Uma das metas é coletar os resíduos de forma seletiva. “Estamos também reformulando os processos de licitação do Ministério Público para fazer compras sustentáveis, o que está baseado em uma lei federal”, diz a promotora Daniela Dias, da Promotoria de Violência Doméstica. Ela conta que as lixeiras estão incluídas neste novo tipo de licitação.

“Adotamos as práticas sustentáveis, como reduzir o consumo de recursos naturais”, ressalta. Ela conta que já é realizado um trabalho de conscientização ambiental entre os servidores com cartilhas e filmes. “O Ministério Público está mudando a sua postura. Estamos cumprindo o nosso pacto constitucional. Temos a obrigação de controlar o consumo. Ainda estamos engatinhando neste processo. É um caminho que não tem volta”, enfatiza. Ela conta que vários outros órgãos estão com a mesma iniciativa.

Outros órgãos públicos aderem à lixeira ecologicamente correta.

A Delegacia do Meio Ambiente - DEMA também solicitou para a ONG NOOLHAR cerca de 20 lixeiras para serem usadas como papeleira. A Coordenadoria de Comunicação Social – COMUS da prefeitura de Belém aderiu à coleta seletiva em seu ambiente de trabalho e entrega mensalmente uma grande quantidade de jornal para a reciclagem. A COMUS pretende agora aderir às lixeiras ecologicamente corretas. “Um dos nossos servidores solicitou os jornais que descartávamos para entregar para a ONG. Começamos a perceber que o que jogávamos fora, poderia ser reaproveitado e gerar renda para pessoas carentes”, diz Delcio Pantoja, diretor administrativo e financeiro da COMUS.

Tubo de pasta dental também se transforma em telha

Outro produto feito com tubo de pasta dental reciclado é a telha. Pelo menos duas empresas no Brasil fabricam e vendem a telha ecológica. Além de reaproveitar um material que iria parar nos lixões, o processo de produção não usa componentes químicos para aglutinação desse composto triturado, ou seja, é corretamente ecológico.

Depois de moído, o material é colocado em bandejas e prensado a uma temperatura de 180º C. Por último, o produto é cortado. Para fazer uma telha de pouco mais de dois metros são necessários cerca de 700 tubos de creme dental. No processo de transformação não há nenhum tipo de resíduo ou poluente atmosférico, uma vez que há aproveitamento total do material e não ocorre qualquer queima em sua fabricação. É um produto ecologicamente correto desde a fabricação até a aplicação.

A telha de tubo de pasta dental é semelhante na forma, mas com qualidades técnicas superiores. Ele deixa a casa até 25% mais fresca no verão do que as telhas de amianto. Grande parte das telhas onduladas produzidas no Brasil é feita a partir da fibra do amianto e a sua manipulação é responsável por casos de câncer e problemas respiratórios em fabricantes de produtos a base de amianto e em trabalhadores da construção civil. A telha ecológica também é mais leve, o que significa economia no transporte e na construção dos imóveis. Um telhado menos pesado permite uma estrutura de sustentação menos robusta. Além disso, são mais resistentes e aguentam até uma chuva de granizo.

Para a confecção das lixeiras, os tubos de pasta são prensados termicamente e à vácuo na cidade de São Paulo, que envia as placas para a ONG NOOLHAR produzir artesanalmente em Belém gerando renda para comunidades. “Infelizmente não temos nenhuma empresa em Belém que faça este tipo de trabalho. Esperamos que os empresários observem a oportunidade em beneficiar este produto no Estado para atender a demanda de coleta seletiva e a geração de renda”, diz Patrícia Gonçalves, coordenadora da NOOLHAR. Ela conta que as lixeiras feitas com placas de tubo de pasta dental são bem mais baratas do que as tradicionais de plástico ou metal.



Sugestão de BOX:



Benefícios da telha de tubo de pasta dental:

Isolante térmico (30% menos calor que as telhas de amianto)

Inodora

Leve, favorece o uso de estruturas mais econômicas

Auto-extinguível, não propaga chamas

Não oferece risco algum a saúde

Altamente resistente a umidade e agentes químicos

Fácil fixação, sem trincar sob a penetração de pregos e parafusos

Suporta 150 kg por metro quadrado

-Fonte: ASCOM -NOOLHAR


Link: http://www.noolhar.org.br/noticias/placas.htm

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