O POLO SUL está cerca de 3.500 quilômetros da América do Sul, o continente mais próximo.
Embora seja uma região incrivelmente remota – um dos únicos lugares onde nenhuma população humana se estabeleceu -, ela está ameaçada em consequência de atividades do homem. A maior parte dos perigos enfrentados pela Antártica, incluindo o aquecimento global e a poluição, e causadas por ações de pessoas que vivem bem longe de lá.
Noventa por cento da água congelada do planeta está presa na Antártica.
Buraco no ozônio
Em 1985, cientistas descobriram sobre a Antártica um buraco enorme na camada de ozônio (camada que bloqueia a radiação ultravioleta vinda do Sol). Ele foi causado por produtos químicos como os CFCs. Então, a maioria dos países parou de usar tais substâncias. Espera-se que o buraco desapareça em 2050.
Os raios UV afetam o plâncton
Os raios ultravioleta são nocivos e impedem que o fitoplâncton se desenvolva bem. Fitoplânctons são os principais alimentos do krill, que é devorado por pinguins, focas e pássaros marinhos que se reproduzem na Antártica.
O buraco na camada de ozônio, portanto, ameaça a cadeia alimentar da região.
Gelo Derretido
Enormes dedaços de gelo estão caindo do mar por causa do aquecimento global. As imagens acima mostram o colapso de um banco de gelo. Uma área de 220 metros de espessura e 3.250 quilômetros quadrados se soltou do continente. O gelo, que estava lá havia 12 mil anos, levou só 35 dias para desaparecer.
Prospecção de petróleo
A Antártica foi designada uma “reserva natural dedicada à paz e à sociedade”, e as nações concordaram em não explorar minerais ou petróleo lá. Mas, à medida que os recursos naturais vão diminuindo em todo o planeta, talvez já faça sentido, do ponto de vista econômico, a exploração da Antártica.
Cresce a pesca de krill
No verão, o krill da Antártica forma grandes grupos que podem alcançar vários quilômetros de comprimentos e 20 metros de profundidade. Isso vem atraindo barcos pesqueiros que esperam transformar o krill em comida de gente. O volume de animais capturados tem crescidos, mas ainda não atingiu níveis perigosos.
Baleeiros
No século 19, a pesca de baleias reduziu drasticamente a população de maioria das espécies. Hoje, existe menos de 1% do número original de baleias-azuis, e essa quantidade não vem crescendo apesar de a espécie estar protegida por lei há anos. E agora os navios baleeiros estão entrando em atividade de novo...
Mistura química
Os produtos químicos que o homem lança nos rios e mares podem ser levados pelas correntes oceânicas e, muitas vezes, vão parar nos polos.
Os resíduos da poluição do ar também podem cair sobre a Antártica com a neve. Cientistas encontraram vestígios de produtos químicos noviços em pinguins, focas, baleias e pássaros marinhos da Antártica. Essas substâncias incluem pesticidas mortais proibidos há muito tempo, como o DDT.
Fonte: Livro - Enciclopédia da Ecologia, Editora Abril.
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